O projeto

Uma história de sucesso

© Katrin Bächstädt

Breve descrição

Nascente Viva é um projeto na aldeia indígena Jaguapirú-Bororó em Dourados-MS, Brasil. O objetivo é – juntamente com a comunidade indígena – a restauração ecológica, com ênfase na melhoria da quantidade e qualidade da água, bem como a preservação da biodiversidade através da utilização sustentável dos recursos naturais. As escolas locais da aldeia estão envolvidas em todas as atividades como parceiros centrais. O projeto piloto cobre uma área de 2,8 hectares e aproximadamente 7.000 árvores serão plantadas.

O jornal alemão FAZ, um dos mais importantes da Europa, visitou o nosso projeto e escreveu uma grande reportagem. Para ler é só clicar: https://www.faz.net/aktuell/wissen/erde-klima/jaguapiru-bororo-nascente-viva-supera-a-destruic-o-da-floresta-17292208.html

O projeto foi iniciado em 2017 pela AMID através de Lenir Paiva Flores Garcia, a organização de mulheres indígenas da aldeia, e apoiado por outros três parceiros: no Brasil, a Universidade UFGD representada pela professora Zefa Pereira e a associação de agricultores orgânicos APOMS representada por Olácio Komori, e na Alemanha, a associação Tarahumara Fans e.V. de Frankfurt.

Em 2022, tanto a cisterna quanto o viveiro não puderam ser plenamente utilizadas devido ao Covid-19. A educação ambiental também teve que fazer uma pausa devido a isso.

O empoderamento é importante. O empoderamento garante a continuidade. Gradualmente, as organizações locais e os indígenas devem assumir cada vez mais responsabilidades. Portanto, foi concluído um acordo de cooperação com a Escola Indígena Estadual Guateka Marçal de Souza. A escola está sediada na aldeia indígena. Um professor da escola foi contratado para oferecer educação ambiental prática aos alunos e desde então é responsável pela cisterna e viveiro do projeto junto com três alunos bolsistas agentes ambientais do projeto, alunos da escola acima citada.
Também em 2022 assinamos um acordo de cooperação com o Instituto JUSTITIA em Dourados, que lida com causas indígenas. O instituto também gerencia a parte financeira do projeto localmente.

O projeto recebeu o prêmio „Marco Verde“ em 2019 por suas mudanças positivas para a sociedade e para o meio ambiente. Em 2021, o professor indígena Cajetano Vera recebeu o prêmio „Coração Verde“ por seu compromisso particular com o projeto. Todas as informações desde o início do projeto podem ser encontradas na linha do tempo em nosso site: http://nascenteviva.com

A produção de mudas, o plantio da margem do rio Jaguapirú e o uso da cisterna e do viveiro estão integrados no dia-a-dia do projeto. Atualmente, estamos intensificando a renaturalização ao longo do rio Jaguapirú. Todas as atividades são acompanhadas pelos alunos em aulas práticas de educação Ambiental.

A implementação do projeto compreende as 8 seguintes medidas:

1. restauração e manutenção da nascente de água natural
2. Renaturação da flora original
3. Criação de uma consciência ambiental através da educação ambiental nas escolas
4. Construção de um poço artesiano
5. Construção de um viveiro
6. Construção de uma casa de sementes
7. Estabelecimento e funcionamento de uma horta biológica modelo
8. Criação e funcionamento de um depósito e mercado para comercialização

Origem do projeto

A idéia do projeto „Nascente Viva“ nasceu em 2017, porque a água do rio principal Jaguapirú, secou na aldeia. Lenir Paiva Flores Garcia, diretora da Associação de Mulheres Indígenas de Dourados na época (AMID), entrou em contato com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e com a associação Tarahumara Fans e. V. (associação sem fins lucrativos em Frankfurt com propósito social e sustentável) em busca de apoio. O objetivo era criar um projeto ambiental na aldeia junto com a Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (APOMS em Glória de Dourados-MS), no qual cada um dos parceiros contribui com sua competência.

Objetivo (as etapas dependem da quantidade de doações):

1. Promover a restauração de 2,8 hectares de área de preservação permanente
2. Restauração e conservação dos recursos hídricos
3. Implantação de viveiros com capacidade para 30.000 mudas nativas por semestre
4. Capacitar alunos de ensino fundamental e médio para serem agentes ambientais
5. Capacitar pelo menos 30 indígenas em biojóias e artesanatos
6. Treinar pelo menos 10 povos indígenas em economia solidária
7. Desenvolvimento de acordos econômicos locais e promoção de acordos já existentes baseados na sustentabilidade
8. Capacitação de pelo menos 30 indígenas em coleta de sementes e produção de mudas
9. Capacitação de pelo menos 30 indígenas na comercialização de sementes e mudas
10. Estabelecimento de pelo menos 2 Sistema Agroflorestal como unidade demonstrativa
11. Estabelecimento de uma rede de sementes indígenas (RSI)
12. Promoção e fortalecimento da cultura indígena local

Procedimento

1. Restauração das reservas permanentes:

a. Remoção da vegetação herbácea e invasora e a retirada de areia da calha do córrego com máquina retroescavadeira
b. Plantio de mudas nativas
c. Adubação periódica
d. Manutenção da área

2. Educação ambiental

a. Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico
b. Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no Sistema
c. Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista
d. Compreensão: conhecimento dos componentes e mecanismos que regem os sistemas naturais
e. Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade
f. Intermediação de valores: Serão realizadas atividades lúdicas, com as crianças e adolescentes da aldeia

3. Workshops

a. Coleta e processamento de sementes
b. Produção de mudas
c. Tipos de fertilização
d. Economia baseada na solidariedade e fontes de renda decorrentes dela

4. Estabelecimento da base do projeto em torno das escolas da aldeia: viveiros, casa de sementes, amostra de horta orgânica, depósitos e mercado, poços artesianos

5. Atividades culturais com dança, teatro, canto, produção de artesanato sustentável

Para doações:

1. Através deste link no „betterplace“ a partir de 30 reais (5€):
https://www.betterplace.org/en/projects/73794-nascente-viva-lebende-quelle

2. Compra de nossa estilosa camiseta compostável.
Encomenda via: info@tarahumarafans.com

3. Donativos na nossa conta na Alemanha
Triodos Bank Deutschland – IBAN DE 055 0031 0001 0599 09009 – BIC TRODDEF1